Estudo divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a “Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua: Educação 2024” atualizou dados do ensino no Brasil. Entre os indicativos, o IBGE revela que 5,3% da população de 15 anos de idade ou mais não sabem ler no Brasil (9,1 milhões de pessoas), melhor número da série histórica iniciada em 2016, quando a porcentagem era de 6,7%. 46rq
O estudo também expôs a melhor série histórica de outros recortes, como a proporção de pessoas com 25 anos ou mais que terminaram a Educação Básica obrigatória no Brasil (56%); a de pessoas com nível superior completo (20,5%), que, pela primeira vez, ultraa os 20%; e o tempo médio de estudo de pessoas de 25 anos ou mais (10,1 anos).
Já índices como escolarização apresentam algumas pioras e metas não atendidas no último Plano Nacional da Educação (PNE), para o decênio de 2014-2024. De acordo com a Pnad, nas idades de 0 a 3 anos há 39,8% (4,4 milhões) de crianças na escola, número muito menor que a meta de 50%, estipulada para 2016. Mas de 6 a 14 anos de idade, o número de crianças brasileiras na escola (99,5%) pouco difere de 2016 (99,2%). No entanto, apenas 94,6% delas estavam no Ensino Fundamental, etapa que é considerada ideal para a respectiva faixa etária – pior número da série histórica. Quando a faixa etária é dos 15 aos 17, atingem 93,4%, número abaixo do previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. E dos 18 aos 24 anos, onde a meta era de 33% dos estudantes estarem frequentando o Ensino Superior, a porcentagem é 31,1%.
No Rio Grande do Sul é apresentado um quadro de melhora em relação ao analfabetismo. A quantidade de pessoas que não sabem ler reduziu em todas as idades, decaindo, de 3% para 2,4%, em relação a 2016. O Estado possui, assim, a 5ª melhor porcentagem do país, atrás de: Distrito Federal (1,8%); Santa Catarina (1,9%); Rio de Janeiro (2%); e São Paulo (2,3%).
A região Sul apresenta, por sua vez, a menor porcentagem de analfabetos no país em 2024. Os dados apontam que estão tanto entre pessoas com 15 anos ou mais, 2,7% (0,6% a menos em relação a 2016); quanto no recorte com 60 anos ou mais, 8,0% (3,5% a menos em relação a 2016). A média nacional é de, respectivamente, 5,3% e 14,9%.
Mais dados e informes relacionados à Pnad Contínua, pelo IBGE, podem ser conferidos neste link.
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil